A sobrecarga tensional dos exercícios com pesos estimulam o aumento da massa óssea e da massa muscular, e a proliferação do tecido conjuntivo elástico nos músculo, tendões, ligamentos e cápsula articular. Tudo indica que também estimulam troficamente a cartilagem hialina das articulações.
O resultado prático é todo um complexo músculo-esquelético mais forte e mais resistente à lesões. Estatísticas indicam que as lesões no treinamento com pesos ocorrem mais frequentemente quando ocorre: uso de cargas máximas para uma repetição; equipamento mal projetado; treinamento mal orientado.
Atualmente a literatura científica não dispõe de estudos experimentais ou levantamentos de casos conclusivos sobre as técnicas mais seguras para a execução dos exercícios com pesos. Nesta situação, o conhecimento adquirido por tentativa e êrro por parte dos técnicos experientes é o mais confiável no sentido de evitar lesões.
Frequentemente essas técnicas são endossadas por análise biomecânica dos movimentos. No entanto, com alguma frequência, hipóteses de que tais técnicas são perigosas são levantadas, mas devemos sempre nos lembrar de que na falta de conhecimento científico, a ciência considera o conhecimento popular mais próximo da verdade do que as hipóteses não documentadas.
As cãibras, que predispõem às distensões musculares, são frequentes quando os músculos estabilizadores são sobrecarregados em contrações isométricas. Para evitar essa situação, devemos buscar sempre a posição de melhor equilíbrio do centro de gravidade, que coincide com a posição de maior conforto.
O impulso, que é uma técnica de treinamento, não deve ser obtido usando-se a resiliência dos músculos. Isto exige relaxamento muscular, o que expõe os ligamentos articulares à lesões de difícil cura.
O uso de cargas excessivas pode levar às tendinites e teno-bursites agudas. O excesso de treinamento, a longo prazo, produz tendinites crônicas, muitas vezes agravadas pelos micro-traumas de exercícios ou técnicas inadequadas para as alavancas ósseas da pessoa.
Deformidades ósseas podem ser resultado de músculos encurtados ou espásticos, produzidos por lesões neurológicas, traumáticas ou infecciosas. Não existe possibilidade de que músculos hipertrofiados produzam os mesmos efeitos.
A hipertrofia se acompanha de aumento de elasticidade muscular e não ocorre hipertonia ou encurtamento. Mesmo no treinamento não equilibrado entre agonistas e antagonistas, o grau de contração em repouso de um músculo forte é apenas o suficiente para equilibrar o tônus do seu oponente mais fraco.
AUTOR: Dr. José Maria Santarém.
FONTE: http://www.cdof.com.br/fisio3.htm
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